Eleito em 2020 sob olhares desconfiados dos recifenses que lhe escolheram por exclusão numa disputa contra o PT, João Campos tinha o desafio de dar continuidade a uma gestão iniciada em 2013 que tinha muitos avanços, mas era preciso ser aperfeiçoada. E a cada ano que se passou, sua gestão foi se consolidando, mas indiscutivelmente 2023 foi o ano da virada de chave.
Isso foi possível graças ao fim da hegemonia socialista no estado. Com a saída do PSB do governo de Pernambuco, João Campos tornou-se a principal vitrine e liderança do partido. Mas isso não seria suficiente se ele também não fizesse sua parte. A construção de uma identidade política foi muito exitosa, atrelada a uma gestão de resultados.
O socialista recentemente conquistou o MDB e tudo leva a crer que terá consigo também o União Brasil, e não estaria descartado um entendimento com o PP do deputado federal Eduardo da Fonte, cuja relação entre o também deputado Lula da Fonte e o deputado Pedro Campos, irmão de João, tem contribuído para esta possibilidade.
João Campos vivencia hoje a tempestade perfeita, com um robusto apoio político e partidário, adversários frágeis e uma perspectiva de uma reeleição consagradora para talvez disputar o Palácio do Campo das Princesas em 2026. Ele significa não só o ressurgimento do PSB como também o único antagonista que poderá ameaçar a reeleição da governadora Raquel Lyra na disputa estadual.

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